Inaugurado o MUMO - Museu da Moda de BH

A inauguração do Museu da Moda de Belo Horizonte - MUMO, primeiro museu público destinado ao segmento da moda no Brasil, no dia 05 de dezembro, reuniu autoridades de Belo Horizonte, personalidades do universo fashion e pessoas afins. Os presentes celebraram esta importante iniciativa da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, realizada através da Fundação Municipal de Cultura - FMC.

O museu funcionará no belo prédio com estilo manuelino da Rua da Bahia, 1.149, conhecido como Castelinho da Bahia, onde até então funcionava o Centro de Referência da Moda – CRModa.

Uma comissão foi estabelecida para a criação do museu, formada por profissionais diversos, que elaboraram o plano museológico, um planejamento estratégico para os próximos cinco anos, no qual consta sua missão, visão, valores, além de programas e metas.

A primeira proposta de um espaço dedicado à preservação da memória da moda em Belo Horizonte surgiu em 2012, com a abertura do Centro de Referência da Moda – CRModa.  Com o novo empreendimento, a moda em Belo Horizonte é reconhecida como bem cultural da cidade, centro de design, criação, polo lançador de tendências e de negócios, reconhecido nacionalmente.

O fato de o CRModa abrigar o MUMO origina um resultado expressivo para a capital mineira e para a área da moda, possibilitando inúmeras vantagens, entre elas, o fato da instituição entrar para o catálogo do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, participando de suas atividades, com sua programação divulgada nacionalmente e internacionalmente, além do acervo próprio garantir a preservação da memória.

A indústria têxtil é agraciada na inauguração do MUMO com a exposição =33 voltas em torno da terra – memória e raízes da indústria têxtil de Minas Gerais, que foca a indústria têxtil mineira e sua relevante contribuição quanto às questões econômicas, culturais e sociais.   

O tecido é o tema da primeira mostra do museu, elemento base da indústria da moda, com destaque para o algodão e a tecelagem plana. “Como o universo da indústria têxtil é muito amplo, resolvemos fazer um recorte focando o algodão, utilizando parte do acervo da Cedro Têxtil e do Museu de Artes e Ofícios – MAO”,  explica o curador da exposição, professor Antônio Fernando Batista Santos, doutor em Artes Visuais e coordenador do curso de Design de Moda da Fumec. A responsável pela pesquisa foi a historiadora Doia Freire e projeto expográfico é do arquiteto Alexandre Rousset.

Ao longo da exposição, serão promovidos debates, palestras e propostas sustentáveis de incentivo ao setor, berço da indústria de Minas, que, juntamente com a siderurgia, trouxe o desenvolvimento para o estado. Uma programação cultural no museu acontecerá de 6 a 15 de dezembro, com entrada franca, ressalta Marta Guerra, gestora do MUMO.

Para o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas de Oliveira, o espaço nasce pequeno, mas possui grande potencial de crescimento, para que realmente a economia criativa na sua vertente principal, que é talvez a gastronomia e a moda, possa encontrar um lugar seguro no seu desenvolvimento. “Quero agradecer à Marília Salgado, Anna Marina Siqueira e Marta Guerra, pessoas importantíssimas, que contribuíram para que o projeto do museu tomasse envergadura. Esta cidade é um celeiro de moda e de criatividade, dessa forma, estamos abrindo as portas. Desejo vida longa ao MUMO”, concluiu Leônidas.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, encerrando a cerimônia de inauguração, considerou: “Este importante movimento que a prefeitura está proporcionando neste momento, neste prédio simbólico, representa muitos avanços na área cultural, desde que o Leônidas assumiu a fundação. Cumprimento todas as pessoas que colaboraram com o brilhante trabalho desenvolvido em prol do museu. Belo Horizonte possui na indústria criativa uma parte importante da sua economia e devemos isso a uma tradição histórica de Minas Gerais, quanto à sensibilidade artística. Precisamos admirar as pessoas que começam uma atividade com muito esforço e fazem com que este empreendimento sobreviva no ambiente brasileiro, que deveria ser mais leve, mas possui uma burocracia pesada, asfixiando o trabalho”.  

O evento conta com parceria master da Cedro Têxtil, parceria da Interpam Iluminação, apoio institucional do Instituto Cultural Flávio Gutierrez, Museu de Artes e Ofícios, Sesi/Fiemg, Fumec, Una, Coreto Cultural, Formiga.

Por Luiza Miranda












Fotos: Anna Ftg

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